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quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Seu ponto fundamental foi: “Dê a Deus toda a glória do que quer que seja bom no homem”; e, “na tarefa da salvação, coloque Cristo tão alto, e o homem tão baixo, quanto possível”. Com esse ponto, ele e seus amigos em Oxford, os originais Metodistas, assim chamados, puseram-se a caminho. O grande princípio deles era: não existe poder (pela natureza) ou mérito no homem. Eles insistiram: todo poder para pensar, falar, e agir corretamente, está no Espírito de Cristo, e origina-se dEle; e todo mérito (não está no homem, por maior que seja na graça, mas meramente) no sangue de Cristo. Assim, ele e eles ensinaram: não existe poder no homem, até que lhe seja dado do alto, para fazer alguma boa obra, falar alguma boa palavra, e formar um bom desejo. Porque não é suficiente dizer, todos os homens estão doentes de pecado: não, nós estamos todos “mortos em delitos e pecados”. Segue-se que todos os filhos dos homens são “por natureza, filhos da ira”. Nós somos todos “culpados diante de Deus”, condenados tanto à morte temporal como eterna.
Assim que todos estamos desamparados, tanto com respeito ao poder como à culpa do pecado. “Porque, quem pode tirar uma coisa pura de uma impura?”. Ninguém menos do que o Altíssimo. Quem pode ressuscitar esses dos mortos; espiritualmente mortos no pecado? Ninguém, a não ser Aquele que nos ressuscita do pó da terra. Mas, sobre que consideração fará isso? Não por obras de justiça que tehamos feito. “O morto não pode louvar a Ti, Ó, Senhor”; nem fazer coisa alguma, pela qual deveriam ser ressuscitados para a vida. O que quer, portanto, que Deus faça, Ele faz meramente por causa do seu bem-amado Filho: “Ele foi ferido por nossas transgressões; Ele foi moído por nossas iniqüidades”. Ele mesmo “carregou nossos pecados em seu próprio corpo no madeiro”. Ele “foi entregue por nossas ofensas, e ressuscitou novamente para nossa justificação”. Essa é, então, a única causa meritória de todas as bênçãos que desfrutamos e podemos desfrutar; em específico, do nosso perdão e aceitação para com Deus; da nossa completa e gratuita justificação. Mas, por quais meios nós nos tornamos interessados no que Cristo tem feito e sofrido? “Não pelas obras, a fim de que homem nenhum se vanglorie”; mas pela fé somente. “Nós concluímos”, diz o Apóstolo, “que um homem é justificado pela fé, sem as obras da lei”. E “a todos quanto” assim “o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus”.
E, “exceto que o homem seja”, dessa forma, “nascido de novo, ele não pode ver o reino de Deus”. Mas todos que são assim “nascidos do Espírito”, têm “o reino de Deus entre eles”. Cristo estabelece Seu reino em seus corações; “retidão, paz, e alegria no Espírito Santo”. “Aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus”, capacitando-os a “caminhar como Cristo também caminhou”. O Espírito que neles habita os torna santos no coração e “santos em toda sua maneira de viver”. Mas ainda assim, vendo tudo isso como um dom gratuito, através da justiça e do sangue de Cristo, há eternamente a mesma razão para lembrar que “aquele que se glorifica, glorie-se no Senhor”.
Vocês não são ignorantes de que essas são as doutrinas fundamentais, nas quais ele insistiu a respeito, em todos os lugares. E elas não podem ser resumidas, por assim dizer, em duas palavras, o novo nascimento e a justificação pela fé? Perseveremos nelas com todo vigor, em todos os tempos, e em todos os lugares, em público (aqueles de nós chamados para isso), e em todas as oportunidades em particular. Fiquem perto dessas boas, velhas e antiquadas doutrinas, por mais que muitos contradigam e blasfemem. Sigam, meus irmãos, “fortalecidos no Senhor, e na força do Seu poder” com todo cuidado e diligência, “guardando o depósito que te foi confiado”; sabendo que “céus e terra passarão, mas esta verdade não passará”.
John Wesley
In: A morte de George Whitefield
NE.: George Whitefield nasceu em 16 de dezembro de 1714
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